terça-feira, 29 de março de 2011

Diretor da Polícia Rodoviária Federal pede demissão após denúncias de irregularidades em estradas


O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF),  Hélio Derenne, pediu demissão nesta última segunda, um dia após a divulgação de uma reportagem de TV que mostra várias irregularidades nas estradas do país e declarações suspeitas de autoridades da corporação. Ele encaminhou sua carta de exoneração ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alegando "questão de foro íntimo". Maria Alice Nascimento Souza, superintendente do Paraná, vai assumir a função ocupada por Derenne. 

Antes, a exibição das imagens já tinha provocado as saídas do coordenador da PRF, Álvaro Simões, e do superintendente da corporação no Ceará, Ubiratan Roberto de Paula. Na reportagem mostrada pelo programa "Fantástico", da "Rede Globo", Simões aparece afirmando que a colaboração de policiais rodoviários na ocupação do Complexo do Alemão, no Rio (em novembro último), foi uma "firula". Procurado pela emissora, Simões chegou a afirmar que a expressão era um "jargão técnico". 

Em um áudio, Ubiratan pede tolerância aos comandados na aplicação de multas a políticos e empresários. Ele disse à "Rede Globo" que nunca pediu aos policias de que não cumprissem seu dever.

Cardozo determinou a abertura de inquérito para investigar as denúncias de corrupção policial e falta de fiscalização nas rodovias federais, que serão encaminhadas ao Ministério Público e a Controladoria-Geral da União (CGU). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deverá propor um plano de ação para a instituição em cinco dias úteis. Além das irregularidades de policiais, a reportagem também mostrou flagrantes de prostituição na beira da estrada e venda de drogas em posto de cocaína, com "direito" a pagamento com cartão de crédito.



Fonte http://www.sidneyrezende.com
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Nota do blog Corrupção Policial: Quem conhece sabe que nas Polícias Rodoviárias é que está a 'mina de ouro' da corrupção, pela imensa facilidade com que se achaca os cidadãos. De pouco em pouco as galinhas (e frangotes) enchem o papo até explodir. Este é somente um esquema dentre centenas... Cabe ao Estado intensificar a fiscalização de todas as formas, e cabe aos cidadãos denunciarem os muitos atos de corrupção e constrangimento.
Agora imagine a cena de uma equipe de agentes corregedores, dirigindo uma frota de veículos em situação irregular, sendo parados nas diversas blitzes por aí... quantos 'policiais' cairiam na 'pegadinha'! Tantos que o estado correria o risco de ficar sem operativo para as atividades policiais! Será esse o motivo de tal método de investigação ainda não ser largamente empregado? Ou é falta de vontade política, senso de ética, vergonha na cara mesmo? É ABSURDAMENTE FÁCIL DESCOBRIR CADA RAPOSA DESTAS! Num dia se pode derrubar dezenas delas!
Veja ainda, por exemplo, o crime de roubo de cargas de caminhões: que louco se aventuraria em tal empreitada sem o apoio de policiais, mormente rodoviários? Quem não sabe disso? GPSs nas mercadorias poderiam destruir dezenas dessas quadrilhas num único mês! É ABSURDAMENTE FÁCIL DESCOBRIR CADA RAPOSA DESTAS!
Alô governadores dos estados da Federação! Alô Polícia Federal! Alô Ministério Público! Reagiremos ou seremos destruídos por dentro?

Ministério dá cinco dias para PRF fazer propostas sobre denúncias

Falta de fiscalização e tráfico em estradas foram mostradas pelo Fantástico. Despacho de José Eduardo Cardozo saiu no Diário Oficial nesta terça (29).


Despacho do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (29) determina que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresente, em um prazo de cinco dias úteis, "propostas e planos de equacionamento" das denúncias mostradas pelo Fantástico no domingo (27).
A reportagem apresentou casos de corrupção policial em rodovias federais, falta de fiscalização e tráfico de drogas nas estradas. As situações retratadas levaram à saída de três integrantes do comando da Polícia Rodoviária Federal.
Como já havia adiantado em nota divulgada na segunda-feira (28), o ministro determina em seu despacho a abertura de sindicância para apurar a "falta de fiscalização, do abandono e da deterioração dos postos do Departamento; a falta de planejamento na reforma do posto do DPRF em São Sebastião no Estado de Alagoas (...); a venda de drogas ao longo das rodovias; a omissão quanto à adoção dos procedimentos cabíveis com relação aos veículos apreendidos".
O Diário oficial também determinou a abertura de sindicância para apurar "eventuais irregularidades consistentes na liberação irregular de veículos, em razão da pessoa do condutor, cometidas no âmbito da Superintendência Regional do DPRF no Estado do Ceará". O ministério também solicitou que a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal recebessem cópias da reportagem.
Exonerações
Após as denúncias, deixaram os cargos o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Derenne, o ex-superintendente da PRF no Ceará, Ubiratan Roberto de Paula, e o coordenador-geral de operações da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Alvarez de Souza Simões. No lugar do diretor-geral assume a atual superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, Maria Alice Nascimento Souza.
O ex-superintendente da PRF no Ceará, Ubiratan Roberto de Paula aparece em vídeo pedindo “tolerância” na aplicação de multas a parlamentares e autoridades. Já o inspetor Alvarez de Souza Simões disse que a ação de policiais rodoviários federais no Morro do Alemão teria sido “firula”.
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Nota do blog Corrupção Policial: Quem conhece sabe que nas Polícias Rodoviárias é que está a 'mina de ouro' da corrupção, pela imensa facilidade com que se achaca os cidadãos. De pouco em pouco as galinhas (e frangotes) enchem o papo até explodir. Este é somente um esquema dentre centenas... Cabe ao Estado intensificar a fiscalização de todas as formas, e cabe aos cidadãos denunciarem os muitos atos de corrupção e constrangimento.
Agora imagine a cena de uma equipe de agentes corregedores, dirigindo uma frota de veículos em situação irregular, sendo parados nas diversas blitzes por aí... quantos 'policiais' cairiam na 'pegadinha'! Tantos que o estado correria o risco de ficar sem operativo para as atividades policiais! Será esse o motivo de tal método de investigação ainda não ser largamente empregado? Ou é falta de vontade política, senso de ética, vergonha na cara mesmo? É ABSURDAMENTE FÁCIL DESCOBRIR CADA RAPOSA DESTAS! Num dia se pode derrubar dezenas delas!
Veja ainda, por exemplo, o crime de roubo de cargas de caminhões: que louco se aventuraria em tal empreitada sem o apoio de policiais, mormente rodoviários? Quem não sabe disso? GPSs nas mercadorias poderiam destruir dezenas dessas quadrilhas num único mês! É ABSURDAMENTE FÁCIL DESCOBRIR CADA RAPOSA DESTAS!
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Polícia Federal prende oito agentes da PRF acusados de corrupção

Esquema envolveria agentes responsáveis pela fiscalização na Rio-Santos


Oito policiais rodoviários federais, sendo três com posições de comando na Terceira Delegacia Regional da PRF de Angra dos Reis, no Litoral Sul Fluminense, foram presos na operação que a Polícia Federal realiza desde o início da manhã desta sexta-feira (25). A ação visa combater um esquema de corrupção entre policiais rodoviários federais responsáveis pela fiscalização na rodovia Rio-Santos (BR-101 Sul).
Somente na conta bancária de um dos acusados a investigação apontou o movimento de R$ 2,4 milhões em um mês, sendo que o salário mensal do agente é de R$ 10 mil.
De acordo com a assessoria do Departamento da Polícia Federal (DPF), além de Angra dos Reis, a operação ocorre em Itaguaí, na Baixada Fluminense. No total, dez mandados de prisão preventiva contra policiais rodoviários federais e 20 de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Federal de Angra dos Reis. Ainda segundo o DPF, somente um policial continua foragido pois um dos agentes denunciados já estaria morto.
Os fatos que geraram os mandados aconteceram no período entre 2009 e 2010. O primeiro mandado de prisão foi cumprido no posto da PRF em Angra dos Reis. Cerca de 120 policiais federais participam da operação denominada Pisca-Alerta S.A. Os fatos que levaram às prisões ocorreram nos anos de 2009 e 2010.
* Com informações da Agência Estado
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Veja ainda, por exemplo, o crime de roubo de cargas de caminhões: que louco se aventuraria em tal empreitada sem o apoio de policiais, mormente rodoviários? Quem não sabe disso? GPSs nas mercadorias poderiam destruir dezenas dessas quadrilhas num único mês! É ABSURDAMENTE FÁCIL DESCOBRIR CADA RAPOSA DESTAS!
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sexta-feira, 25 de março de 2011

CORRUPÇÃO POLICIAL - Um Estudo

CORRUPÇÃO POLICIAL

Autores: Marcelo Cataldo, Marco Antonio Veneziani, e Nathalie Teyssonneyre.
Orientadores: Prof. Dr. Antônio Carlos Machado Guimarães, Prof. Msc. Luiz
Carlos Andrade de Aquino, Prof. Dr. Maurício Martins Alves

Resumo - Este trabalho tem como objeto de estudo a corrupção policial no Brasil, mais
especificamente no estado de São Paulo, e sua contribuição para o aumento da violência. Serão apresentados dados da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo que mostram a evolução de denúncias realizadas contra policiais Civis e Militares. Defende-se neste trabalho que a corrupção policial é um dos fatores que contribuem para o aumento da violência e da criminalidade, é preciso limpar a polícia e, para isso, não bastam apenas atitudes repressoras da corrupção. São necessários programas de remuneração e treinamento adequados, além de prover armamento compatível. Além disso, com as corporações trabalhando de forma comprometida, é preciso rever a estratégia de segurança pública.

Baixe o texto em PDF, clique aqui.

domingo, 20 de março de 2011

Corrupção policial é um dos principais problemas do país, afirma ministro da Justiça

Brasília, 11/08/2010, Agência Brasil

Diante das denúncias de má conduta de policiais no Brasil, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou nesta quarta-feira (11) que a corrupção policial é um dos principais problemas do país e uma das maiores preocupações de sua pasta.

“Se a polícia que tem o objetivo de combater o crime e proteger a população se corrompe, ela vai estar, cometendo também um crime, que é a corrupção”, disse Barreto.

No mês passado, em apenas 15 dias, houve três denúncias de desvio de conduta de Policiais Militares no estado do Rio de Janeiro.

O ministro também lembrou o episódio de atropelamento de Rafael Mascarenhas, dentro do túnel Zuzu Angel, no Rio, quando dois policiais militares teriam pedido propina para liberar o motorista que atropelou o rapaz.

“Nesses caso do Rio de Janeiro, como no atropelamento do filho da atriz Cissa Guimarães, a polícia teve uma conduta que parece ser corrupção e mostra o quão nefasta pode ser essa conduta”.

Para combater problemas como a corrupção nas corporações, o Ministério da Justiça criou o programa Bolsa Formação que está inserido no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

O projeto é destinado à qualificação dos profissionais de segurança pública e justiça criminal. Segundo Barreto, 165 mil policiais recebem R$ 400 por mês do ministério para cursos de capacitação.

“A bolsa que o ministério paga é quase uma ajuda de custo para que ele possa pagar suas despesas de transporte e alimentação. Mas também é um incentivo, para que ele permaneça constantemente motivado e capacitado”.

Foto: Divulgação

quinta-feira, 17 de março de 2011

QUEM POLICIA A POLÍCIA?

QUEM POLICIA A POLÍCIA?- Outras Páginas, José Aparecido Miguel, Jornal do Brasil, 01/03/2011


Governar, obviamente, não é simples, fácil. Há governo, reflexo de sua sociedade, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.



Vamos aos fatos: dia sim, outro também, quase uma constante, o noticiário revela a insegurança que o cidadão brasileiro vive diante de autoridades que o deveriam proteger. Os desmandos das forças de segurança, para ficar no mínimo, espalham-se pelo Brasil. No Rio, policial vende armas para traficantes. Em Minas Gerais, inocentes são executados. A matança se repete em Pernambuco. 



CASOS EMBLEMÁTICOS



Mais dois casos emblemáticos e também recentes: em São Paulo – apresentado como o Estado mais desenvolvido do país – um estudante da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Júlio César Grimm Bakri, 22 anos, é assassinado em um bar próximo da faculdade; outro jovem, Christopher Akiocha Tominaga, 23 anos, que o acompanhava, é gravemente ferido. 



O episódio, como se nota e repercute, envolve gente acima do salário mínio de R$ 545 mensais. Foi na semana passada – e a polícia logo apresentou um suspeito, porque ele, aparentemente, mancava como um dos autores do crime, ambos vistos em um vídeo de segurança na área do bar.



"ESTRELISMO"



O advogado Adinaldo Martins – em texto que ele mesmo colocou no JBWiki!, dia 28 – critica o estrelismo da polícia. Martins escreve que deu entrevista sobre o tema para Thiago Samora, da rádio Jovem Pan. “O leitor, olhando o vídeo que mostra o crime, notará que em nenhum momento, quando chegam ao local do delito, quaisquer dos dois criminosos “mancam”, exceto no instante da fuga”. 



Mais: “Considerando que Dino (Dino Fernando Peporine, de 28 anos, que passou duas noites na cadeia) informou ter sido atendido pelo Hospital Sepaco, da Vila Mariana, em dias anteriores ao fato, e por conta do seu ferimento, seria fácil a aferição de que ele estava falando a verdade. Por que isso não foi investigado?”.



NA SORTE



Dino, que se machucou numa partida de futebol, considerou-se azarado. O advogado Martins comenta que “não fosse a sorte de uma enfermeira denunciar um criminoso no hospital, onde foi encontrado o verdadeiro assassino, e estaríamos diante de mais uma grande e grave injustiça. Isso não pode acontecer e a polícia precisa exercer de maneira limpa o seu papel”. 



Agora, Dino quer saber quem o denunciou.



O Estado de S. Paulo informou, dia 28, que o autor do crime (Francisco Macedo da Silva, 24 anos) foi preso e, segundo a polícia, confessou o assassinato de Júlio César Grimm Bakri, e a tentativa de homicídio contra Christopher Tominaga. Policiais do 4.º Distrito Policial(Consolação) sabem que o segundo atirador (Valmir Valentino da Silva, 19) é irmão do homem que prenderam. Ele está foragido.



Sabe-se agora, 1º de março, que a Polícia só identificou um deles, Francisco, porque portava sete munições ao ser atendido em hospital, na Vila Alpina, com ferimento na perna, segundo a Folha de S. Paulo. Eles atiraram contra os jovens porque mexeram com a namorada de Valmir, diz a polícia.



ESCRIVÃ NUA



Dois delegados paulistas, com a participação de uma guarda civil, são os personagens de um escândalo que ainda repercute na internet. Eduardo Henrique de Carvalho Filho e Gustavo Henrique Gonçalves, ambos da Corregedoria da Polícia Civil, tiraram a calça e a calcinha de uma escrivã que era investigada pelo crime de concussão, quando um servidor exige o pagamento de propina. (Cabe à Corregedoria apurar denúncias contra policiais.)



O vídeo do abuso policial - ao longo dos 12 minutos da filmagem, a escrivã diz que só retiraria a roupa para policiais femininas -, acontecido em junho de 2009, foi divulgado pela TV Bandeirantes. Os delegados encontraram, nas partes intimas da mulher, quatro notas de R$ 50.



“UM POUCO DE EXCESSO”



A Corregedoria da Polícia Civil arquivou o inquérito que investigava o caso, enquanto hoje já há suspeita de que a cena do dinheiro tenha sido forjada, para incriminar a escrivã (demitida).



“Foi um excesso desnecessário. Ela só não queria passar pelo constrangimento de ficar nua na frente de homens”, disse Fábio Guedes da Silveira, advogado dos delegados.



Segundo a corregedora Maria Inês Trefiglio Valente, eles agiram “dentro do poder de polícia”. Ela os caracterizou como “corajosos e destemidos”, segundo a Folha de S. Paulo. 



O promotor público Everton Zanella, ouvido no inquérito, disse que a retirada da roupa foi uma consequência do transcorrer da operação. “Houve apenas um pouco de excesso na hora da retirada da calça da escrivã, todavia, em nenhum momento vislumbrei a intenção do delegado que comandava a operação de praticar qualquer ato contra a libido da escrivã”.



PUNIÇÃO



A ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário pediu a punição dos policiais que despiram e revistaram à força a escrivã.



Diante da revelação e repercussão do caso, dia 24, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, destituiu a corregedora-geral da Polícia Civil, Maria Inês Trefiglio Valente. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, Valente será transferida para a Delegacia Geral de Polícia Adjunta.



Os delegados Eduardo Henrique de Carvalho Filho e Gustavo Henrique Gonçalves continuam trabalhando na Corregedoria da Polícia Civil. 



PARA NÃO ALARMAR



A Folha, em manchete (1º de março), escreve que funcionário do Estado negocia dados sigilosos em São Paulo. "Sociólogo usa em sua empresa de consultoria informações secretas sobre a violência; ele diz que tem permissão". 



Fico curioso em saber que, no caso, o sociólogo Túlio Kahn, que é chefe da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento) repassa a clientes informações cuja divulgação é vetada, “para não alarmar o público”. "Entre elas, estão que tipo de bens é levado com maior frequência em assaltos a condomínio de São Paulo e quais os furtos mais comuns na região de Campinas".



É de alarmar, mas recorro ao colunista Fernando de Barros e Silva - embora trate de um dia de chuva em São Paulo - para questionar: "O que pensar e esperar quando a tragédia urbana parece já incorporada à vida da cidade". 



Da cidade e da sociedade.

domingo, 13 de março de 2011

Dicas para livrar-se de policiais corruptos

A corrupção policial é, sem dúvida alguma, um dos grandes problemas da Tríplice Fronteira Brasil-Paraguai-Argentina, que vem sendo sacudida, nos últimos dias, por uma série de episódios "constrangedores" envolvendo os homens da lei.
Em Foz do Iguaçu, um policial federal, no mais completo estado de embriaguez, foi destaque em rede nacional (e no Youtube) ao colidir seu carro contra um poste, desafiar policiais militares e guardas municipais e, como cereja do bolo, oferecer suborno de R$ 15 mil para escapar das algemas.
No lado paraguaio da fronteira, o delegado Darío Orué, da pequena cidade de Los Cedrales, foi fotografado em Ciudad del Este a bordo de uma caminhonete cuja placa, AFH 195, pertence na verdade a outro veículo, registrado em nome de um cidadão que nada sabia do ocorrido.
Para completar o show de horrores, Orué acusou o Diário TN Press, autor da denúncia, de fazer montagens para prejudicá-lo. Foi o que bastou para que o jornal publicasse, em sua edição eletrônica, a sequência completa das 18 fotografias que mostram, nitidamente, o rosto do policial e a placa do suposto "cabrito".
No lado argentino, policiais de trânsito são acusados, com incômoda frequência, de retenção ilegal de veículos brasileiros ou paraguaios, no intuito de cobrar exageradas quantias por irregularidades sem comprovação e conseguir, assim, a grana para a cervejada do final da noite.
Além dos casos relatados acima, há, ainda, os "pequenos" atos de corrupção do dia-a-dia, como fabricação de multas, pedidos de propina, vista grossa para a atuação de contrabandistas e traficantes e outras tantas irregularidades cometidas por indivíduos que, com suas atitudes, queimam o filme de toda uma categoria.
Assim sendo, como escapar ou, pelo menos, diminuir os riscos de ser "mordido" por delinquentes de farda?
As dicas a seguir valem principalmente para motoristas que cruzam a Ponte da Amizade (algo pouco recomendado para quem tem carro com placa de longe), mas servem como guia geral para não cair em arapucas presentes, inclusive, nas estradas paranaenses.

Documentação:
* Esteja sempre de posse de todos os documentos pessoais e do veículo. Se o carro estiver em nome de terceiros, traga consigo uma procuração autorizando-o a dirigi-lo;
* Não esqueça do RG e verifique se todos os ocupantes estão devidamente documentados;
* Menores de idade desacompanhados de um ou de ambos pais devem obrigatoriamente contar com autorização judicial para viagens ao exterior;
* Registre sua entrada no Departamento de Migrações (cabeceira paraguaia da ponte) antes de viajar ao interior do país.

Regras de trânsito:
* Antes de sair de casa, informe-se sobre as regras de trânsito consultando sites oficiais ou pesquisando relatos de viajantes que, desavisados, passaram por experiências que você não pretende passar;
* Informando-se previamente, você não cai em conversas fiadas como a suposta obrigatoriedade de manter os faróis acesos, mesmo durante o dia, ao transitar pela Ruta Internacional VII em Ciudad del Este; por mais que o policial insista, tal regra vale apenas para trechos fora de perímetros urbanos;
* Dirija sempre com cautela e velocidade prudencial, tomando todo o cuidado do mundo para não cometer erros básicos como esquecer de dar seta, estacionar em local não sinalizado e outras "bobeirinhas" não perdoadas pelas implacáveis raposas do trânsito;
* Lembre-se do cinto de segurança, não beba e não fale ao celular enquanto dirige.

Transporte de mercadorias:
* Ao sair do Brasil, registre na aduana brasileira tudo aquilo que já era seu antes de cruzar a fronteira, como notebooks e máquinas fotográficas; tal precaução garante que, ao retornar, seus produtos não serão apreendidos pela Receita Federal;
* Exija nota do que comprou e declare tudo ao passar pela aduana brasileira, pagando a alíquota de 50% sobre o que passar da cota individual de US$ 300,00 e evitando, assim, dor de cabeça na volta para casa;
* Jamais esconda produtos em compartimentos "secretos" ou embaixo do banco, pois isso é motivo para apreensão, inclusive, do veículo.

Em caso de problemas...
* Carregue pouco dinheiro na carteira, pois policiais paraguaios costumam pedir para abri-la, para que saibam até onde podem "morder";
* Memorize o nome de autoridades como Rafael Filizzola (ministro do Interior), José Visitación Giménez (comandante da Polícia Nacional) e Eduardo Petta (diretor da Polícia Caminera/Rodoviária), para que o policial lembre-se que pode ser denunciado caso esteja agindo com más intenções;
* E, principalmente, denuncie, acionando o Consulado do Brasil ou procurando, no caso de Ciudad del Este, o escritório da Polícia Turísticasituado na cabeceira paraguaia da Ponte da Amizade (o índice de resolução dos casos denunciados é de quase 90%).