domingo, 21 de abril de 2013

Policiais são presos suspeitos de envolvimento em tentativa de roubo que terminou com refém morto no Alto Paranaíba


Uma tentativa de roubo a uma agência bancária terminou com um refém morto e outro baleado na madrugada desta quarta-feira (17) em Guimarânia, no Alto Paranaíba. Dois policiais militares foram presos suspeitos de participar da ação.
De acordo com a Polícia Militar, cinco homens chegaram em dois carros ao centro da cidade por volta das 3h45. O dono de um bar, que fica ao lado da agência do Banco do Brasil, estava fechando o estabelecimento com a ajuda de um cliente. Os dois foram rendidos e levados para a agência.
Os bandidos quebraram a porta do banco e tentaram danificar um dos caixas eletrônicos, mas foram surpreendidos pelos militares. Houve uma intensa troca de tiros e um dos reféns foi baleado na cabeça. Renato de Paula Rosa, de 31 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O dono do bar também foi atingido por um disparo no braço. Ele foi levado para o hospital da cidade.
Os assaltantes tentaram fugir em seguida. Os dois policiais foram encontrados em um Gol com placa de Uberlândia às margens da BR-365. Os dois já eram monitorados pelo Serviço de Inteligência da Instituição e respondiam a um processo demissionário.
A Corregedoria da Polícia Militar determinou a abertura de um Procedimento Disciplinar para apurar a participação dos dois militares no crime.
Um terceiro suspeito foi preso em um Vectra, também com placa de Uberlândia, a cerca de 2 km de Guimarânia. Duas armas, explosivos, munição e uma alavanca foram apreendidos.
A PM ainda procura pelos outros dois homens que participaram da ação. Ainda não foi possível identificar se o tiro que matou um dos reféns partiu da arma de um policial ou de um dos assaltantes.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ministro da Justiça apoia expulsões de policiais


Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso
Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu ontem, em entrevista ao EXTRA, a estratégia de combate à corrupção policial do governo do Rio, pautada na expulsão de policiais — nos últimos cinco anos, foram 1.411 PMs e civis demitidos. A exemplo da secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, Cardozo defendeu a importância de um acompanhamento dos policiais expulsos.
— Policiais que cometem crime têm que ser expulsos. Somos claramente favoráveis que policiais que cometem desvios graves sejam expulsos. Não posso ter na força pessoas que não tenham compromisso dentro dos princípios que devem orientar ações policiais.
Pelo contrário. Defendemos corregedorias fortes que coloquem para fora da força pessoas comprometidas com o crime — afirmou Cardozo.
O posicionamento do ministro buscou amenizar as declarações da secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Diante dos resultados da pesquisa, a titular da Senasp afirmou que a PM do Rio é a mais corrupta do Brasil e que a política de expulsões de policiais alimenta a milícia.
— Nós temos (que investir em) políticas que busquem através um caráter mais dinâmico de corregedorias e até de prevenção de ações melhorar a não incidência de criminalidade no corpo policial. E também fazer um acompanhamento natural das pessoas que são desligadas da força, para que elas não atuem no crime sem nenhum tipo de acompanhamento — sugeriu o ministro.
No último domingo, o EXTRA divulgou com exclusividade, no último domingo, dados da Pesquisa Nacional de Vitimização, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O levantamento mostrou que 30,2% das pessoas que disseram ter sofrido extorsão de PMs estão no Rio de Janeiro. A Polícia Civil vem em segundo lugar.
Ontem, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, não quis dizer se irá ou não atender ao convite da Câmara dos Deputados para uma audiência pública para discutir a corrupção policial. A audiência será convocada pela Comissão de Segurança.

Veja outros pontos da entrevista.

Como o Ministério da Justiça contribui para o combate à corrupção policial?
Os estados têm autonomia para isso. Temos buscado colaborar com corregedorias e desenvolver programas em estados que tenham problemas estruturais. O Rio tem desenvolvido bem suas políticas. Temos inclusivo tido ações da polícia do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, em vários casos, em que policiais foram presos.
A correição no Rio incide muito mais sobre oficiais do que sobre praças. Por quê?
Não gostaria de falar em tese sobre isso, sem fazer uma análise caso a caso e entender as circustâncias.
Corregedorias independentes são imprescindíveis ou basta uma corregedoria que esteja dentro da hierarquia $Secretaria de Segurança?
Há alguns especialistas que recomendam que a corregedoria tenha autonomia. Outros acham isso prescindível. Alguns estados têm corregedorias autônomas, em que o corregedor tem status de secretário. É uma discussão teórica, mas que deve ser analisada caso a caso para se saber o adequado.
E as ouvidorias?
É importante que o ouvidor tenha autonomia para processar o que colhe.
Fonte: Extra Online

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Policiais Civis, médicos legistas e advogados presos em operação contra fraude do DPVAT no Rio




















A Operação Assepsia, que visa cumprir 23 mandados de prisão preventiva contra envolvidos em fraudes em exames de perícia médica para o recebimento do seguro DPVAT, já havia prendido 15 pessoas, pelo menos oito policiais civis, até as 11h desta quinta-feira (4). A operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a Corregedoria Interna da Polícia Civil. (Confira a relação de presos abaixo).
A ação tem como objetivo cumprir 23 mandados de prisão preventiva – 12 deles contra policiais - e 66 de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Teresópolis, contra uma organização criminosa que atua no Posto Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC) de Duque de Caxias e na 59ª DP (Duque de Caxias).
Na manhã desta quinta, os agentes realizavam buscas nas residências dos investigados e em seus locais de trabalho, como nos escritórios de advocacia, sede da 59ª DP, do PRPTC de Duque de Caxias e 7º BPM (São Gonçalo). Nos locais, os policiais procuram documentos, planilhas, computadores, mídias em geral, armas de fogo e veículos usados pela quadrilha.
Ainda de acordo com o MP, os crimes são estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, sonegação e inutilização de documentos. A operação também conta com mandados de busca e apreensão.


Conforme investigação, policiais da 59ª DP preenchiam guias de encaminhamento falsificadas, levando as vítimas ao posto do Instituto Médico Legal do município. A partir destes documentos, laudos periciais irregulares, indicando lesões e sequelas permanentes, eram forjados e encaminhados para o núcleo jurídico da quadrilha, formado principalmente por advogados, que recolhia 30% do valor da indenização.



Ainda segundo o MP, entre os anos de 2011 e 2012, cerca de 800 laudos foram apreendidos, resultando num montante desviado de aproximadamente R$ 7,5 milhões.

Os presos são:
Alexandre Luiz Braga Salgado (estagiário, filho de Sandra Regina Cardoso Braga, a chefe da quadrilha);
Amilton Gomes da Cunha (estagiário);
Charles Rubim de Souza (funcionário do escritório de advocacia);
Edilson Fagundes Costa (Guarda Municipal de Mesquita);
Jesiel Mendonça Aragão (policial da 59ªDP);
José Edson Teixeira Alves (policial da 59ª DP);
José Henrique Dias da Silva (perito legista do IML de Caxias);
José Nunes da Silva Neto (policial da 59ªDP);
Marcelo Correia Carneiro (funcionário do escritório de advocacia);
Marcelo Pinheiro Ramos (funcionário do escritório de advocacia);
Maria Helena Gomes Dantas (policial da 59ª DP);
Paulo Roberto Calzavara Cazarin (perito legista lotado no IML de Caxias);
Roberto Gomes Santana (policial da 59 ªDP);
Sandra Regina Cardoso Braga (auxiliar de necropsia e chefe administrativa do IML de Caxias);

Uriel Nobre da Silva Filho, policial 110ª DP (Teresópolis)
Everton Rubim Lins, funcionário escritório de advocacia


domingo, 7 de abril de 2013

Polícia Federal prende quadrilha de policiais corruptos do Denarc de São Paulo


MARIA CLARA CUNHA CANTO

O mogimiriano Gustavo Gomes Pinto, que exerce a função de investigador de polícia em São Paulo, foi preso em uma operação desencadeada pela Polícia Federal, junto com mais três investigadores, no último dia 20.
O caso foi destaque na edição do Fantástico no último domingo, 24, e do Jornal Hoje, na segunda-feira, quando foi noticiada a investigação sobre uma quadrilha de policiais, em sua maioria do Denarc, que vinham tomando dinheiro e drogas de quadrilhas, principalmente criminosos da Bolívia e Colômbia.
Denominada Dark Side a operação, segundo a reportagem da Rede Globo, desencadeada pela Polícia Federal teve início há mais de seis meses, sendo que as primeiras prisões ocorreram no dia 16 de fevereiro, quando foram detidos os policiais Glauco Fernando Santos Fernandes - da polícia de Sorocaba; e Michael David Ruiz e Alexandre Lajes, do Denarc. Estas prisões ocorreram na Rodovia Castelo Branco no município de Jandira. Na ocasião também foram presos outros dois traficantes, Humberto Otávio Bozzola e Raimundo Nonato Ferreira, que seriam de Sorocaba, nesta ação da PF foram apreendido 133 quilos de cocaína. Ao serem parados por policiais rodoviários, os investigadores teriam dado versões divergentes.
No último dia 20, em uma grande operação para combater o tráfico de drogas, a Polícia Federal de Sorocaba prendeu os outros quatros policiais acusados de estar envolvidos com a quadrilha, entre eles o mogimiriano Gustavo Gomes Pinto, Edson Melin e Mariano Pino e André Souza, que seria o chefe deles.
Segundo as investigações, os policiais se passavam por empresários para negociar drogas com traficantes internacionais. Em um dos casos segundo a Polícia Federal, os policiais negociaram com um Boliviano conhecido como “Senhor das Armas”, tendo este apelido por ser conhecido como o maior fornecedor de armamentos a uma facção criminosa que atua em São Paulo.
O Senhor das Armas, teria ficado hospedado em uma casa no Guarujá, onde teria se comprometido a vender 700 quilos de cocaína para o grupo. Assim que pegaram parte da droga, os policiais corruptos se identificaram.
Na ocasião em vez de prender o boliviano em flagrante, são acusados de pedir propina para deixá-lo sair livre. Segundo uma testemunha, a propina deste acerto teria sido de R$ 2 milhões.
Com escutas telefônicas a PF acompanhou de perto a ação dos policiais. O delegado Roberto Boreli Zuzi, um dos responsáveis pelas investigações, afirmou que os policiais não trabalhavam com coisa pequena. São em média de 200, 300 quilos de cocaína em cada ação destes policiais, as quais teriam ocorrido por diversas vezes.
Entre as provas apreendidas, além da grande quantidade de drogas, dinheiro e dólares, os policiais também encontraram um vídeo, no qual aparece um traficante acorrentado e pedindo dinheiro para ser entregue aos policiais para ser posto em liberdade e também anotações com a divisão que deveria ser feita das drogas entre os policiais.
Nesta operação foram expedidos 19 mandados de prisão, sendo que três pessoas continuam foragidas, entras um empresário de Sorocaba.
O entorpecente adquirido pelos policiais servia como pagamento aos traficantes regionais e para comercialização do produto, abastecendo os locais de tráfico em São Paulo e região. Os policiais envolvidos no esquema estão suspensos e responderão pelos crimes de tráfico, associação ao tráfico, peculato - por ser funcionário público, corrupção, extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha. A Polícia Federal estima que durante os últimos seis meses que a quadrilha de policiais agiu teria ficado de posse de cerca três toneladas de cocaína pura.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Policiais rodoviários são presos por cobrança de propina em Minas


Os agentes trabalhavam nos postos de Caratinga e Realeza, na Zona da Mata de Minas. Além deles, um empresário e um caminhoneiro que pagavam propina aos policiais foram presos

Luana Cruz - http://www.em.com.br

Foram presos na manhã desta terça-feira quatro policiais rodoviários federais, um empresário e um caminhoneiro envolvidos num esquema de pagamento de propina na Região da Zona da Mata de Minas Gerais. Os policiais recebiam dinheiro para liberar veículos irregulares e deixar de autuar motoristas por crimes de trânsito nos postos de Caratinga e Realeza, localizados na BR-116.

As investigações começaram há um ano e meio, depois de uma denúncia da própria PRF aos agentes da Polícia Federal. As duas corporações trabalharam em conjunto nas apurações, que culminaram com a Operação Cerração montada nesta terça-feira para prender os suspeitos. Todos foram detidos em casa, em cumprimento de mandado de prisão, nas cidades de Caratinga, Manhuaçu, Medina, Santa Bárbara do Leste e Piedade de Caratinga.

De acordo com o delegado Cristiano Jomar Costa Campidelli, os policiais usavam o cargo público para obter vantagens. Eles exigiam dinheiro em troca de liberações para veículos irregulares nos postos, mas a polícia não divulgou os valores recebidos pelos agentes. O empresário preso é dono de uma transportadora e pagava aos policiais para que seus caminhões ficassem sempre impunes. Outro preso é um caminhoneiro que, de acordo com o delegado, era arregimentador de cargas, por isso negociava com os agentes nos postos da rodovia. 

Os policiais vão responder por corrução passiva e os outros dois presos por corrupção ativa. Segundo Campidelli, as penas para os crimes variam de 2 a 12 anos de prisão. Os policiais podem perder os cargos públicos em caso de condenação ou por meio de uma processo administrativa que foi aberto na corporação para apurar os crimes. A polícia não divulgou o local onde os presos estão acautelados.