quarta-feira, 10 de abril de 2013

Policiais Civis, médicos legistas e advogados presos em operação contra fraude do DPVAT no Rio




















A Operação Assepsia, que visa cumprir 23 mandados de prisão preventiva contra envolvidos em fraudes em exames de perícia médica para o recebimento do seguro DPVAT, já havia prendido 15 pessoas, pelo menos oito policiais civis, até as 11h desta quinta-feira (4). A operação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a Corregedoria Interna da Polícia Civil. (Confira a relação de presos abaixo).
A ação tem como objetivo cumprir 23 mandados de prisão preventiva – 12 deles contra policiais - e 66 de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Teresópolis, contra uma organização criminosa que atua no Posto Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC) de Duque de Caxias e na 59ª DP (Duque de Caxias).
Na manhã desta quinta, os agentes realizavam buscas nas residências dos investigados e em seus locais de trabalho, como nos escritórios de advocacia, sede da 59ª DP, do PRPTC de Duque de Caxias e 7º BPM (São Gonçalo). Nos locais, os policiais procuram documentos, planilhas, computadores, mídias em geral, armas de fogo e veículos usados pela quadrilha.
Ainda de acordo com o MP, os crimes são estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, sonegação e inutilização de documentos. A operação também conta com mandados de busca e apreensão.


Conforme investigação, policiais da 59ª DP preenchiam guias de encaminhamento falsificadas, levando as vítimas ao posto do Instituto Médico Legal do município. A partir destes documentos, laudos periciais irregulares, indicando lesões e sequelas permanentes, eram forjados e encaminhados para o núcleo jurídico da quadrilha, formado principalmente por advogados, que recolhia 30% do valor da indenização.



Ainda segundo o MP, entre os anos de 2011 e 2012, cerca de 800 laudos foram apreendidos, resultando num montante desviado de aproximadamente R$ 7,5 milhões.

Os presos são:
Alexandre Luiz Braga Salgado (estagiário, filho de Sandra Regina Cardoso Braga, a chefe da quadrilha);
Amilton Gomes da Cunha (estagiário);
Charles Rubim de Souza (funcionário do escritório de advocacia);
Edilson Fagundes Costa (Guarda Municipal de Mesquita);
Jesiel Mendonça Aragão (policial da 59ªDP);
José Edson Teixeira Alves (policial da 59ª DP);
José Henrique Dias da Silva (perito legista do IML de Caxias);
José Nunes da Silva Neto (policial da 59ªDP);
Marcelo Correia Carneiro (funcionário do escritório de advocacia);
Marcelo Pinheiro Ramos (funcionário do escritório de advocacia);
Maria Helena Gomes Dantas (policial da 59ª DP);
Paulo Roberto Calzavara Cazarin (perito legista lotado no IML de Caxias);
Roberto Gomes Santana (policial da 59 ªDP);
Sandra Regina Cardoso Braga (auxiliar de necropsia e chefe administrativa do IML de Caxias);

Uriel Nobre da Silva Filho, policial 110ª DP (Teresópolis)
Everton Rubim Lins, funcionário escritório de advocacia


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