terça-feira, 6 de setembro de 2011

Policiais presos são suspeitos de usar rádio da própria PM em ataques a caixas eletrônicos

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ataque-caixa-eletrônico-450x338-20110905Hélio Torchi/ 01-09-2011/AE
Dois caixas eletrônicos foram atacados por criminosos na madrugada do dia 1º de setembro em um supermercado na zona sul de São Paulo
Os quatro policiais militares que foram presos nesta segunda-feira (5), durante a Operação Caixa Preta, são suspeitos de usavam rádios da própria Polícia Militar para realizar os ataques a caixas eletrônicos. A ação foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) e Corregedoria da PM de São Paulo.

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A Polícia Civil disse que depois que as quadrilhas começaram a ser desmontadas, o tipo de crime caiu 90% na capital paulista. Agora, os criminosos estão preferindo o interior do Estado.

Segundo a Polícia Civil, 11 mandados de busca e apreensão foram realizados nas casas de 11 policiais militares. Os PMs foram presos na Vila Carrão e em São Mateus, na zona leste de São Paulo; na Vila Santa Catarina, na zona sul; e no Guarujá, litoral do Estado. Um quinto mandado de prisão foi expedido, mas o suspeito não havia sido localizado até a publicação desta notícia.

As ações da Operação Caixa Preta têm foco em dois crimes ocorridos na capital paulista. O primeiro foi o ataque aos caixas eletrônicos instalados no Clube Ipê, no Ibirapuera, zona sul da capital paulista. O crime ocorreu no dia 26 de abril. Na ocasião, um vendedor de milho e dois supostos assaltantes morreram. Dois PMs foram baleados.

O outro crime focado pela operação é o ataque a caixas eletrônicos do terminal Jabaquara, também na zona sul. Na ocasião, uma quadrilha manteve 12 pessoas reféns enquanto arrombava os equipamentos. Segundo o Deic, nos dois crimes, PMs são apontados como fornecedores de informações aos criminosos.
Ainda de acordo com o Deic, as investigações da Operação Caixa Preta foram iniciada há cerca de três anos. Nesse período, 48 pessoas foram presas.
Outro lado
Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou que "dando continuidade ao que o Comandante Geral, coronel Alvaro Camilo, prometeu, no dia 2 de junho durante entrevista coletiva, todos os fatos novos sobre as investigações serão levados ao conhecimento da sociedade imediatamente". De acordo com a PM, dois dos suspeitos presos nesta segunda-feira são o soldado Alberto Kennedy Fernandes da Silva, do 3º Batalhão da Polícia Militar/Metropolitano, na zona sul; e o soldado Robson Amânsio dos Santos.


Prisões 
Semana passada, foram presas onze pessoas em uma operação denominada Carga Explosiva. De acordo com a corporação, a quadrilha detida na sexta-feira (2) era muito bem organizada e explodiu em torno de oito caixas eletrônicos nos últimos 90 dias, roubando entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. A polícia investiga a possibilidade de haver policiais envolvidos na proteção do bando.
Na quinta-feira, sete pessoas foram presas em três veículos. Elas foram seguidas por agentes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de Guarulhos (na Grande São Paulo) na rodovia dos Tamoios (SP-99) até um posto da Polícia Rodoviária Estadual, já próximo de Caraguatatuba. Policiais civis de São Sebastião (no litoral norte do Estado), alertados pelos agentes especializados, montaram um cerco junto ao posto policial e pararam os veículos.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram três meses de investigações, campanas e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça para rastrear a ação da quadrilha. O trabalho envolveu policiais da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de Guarulhos.

Assista ao vídeo:





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