A cobrança de propinas do bando começou em fevereiro do ano passado, de acordo com as investigações, depois que um dos inspetores, ao ser transferido da delegacia, repassou o esquema a esses policiais.
Cigano, segundo a denúncia, era o único do bando a manter contato pessoal com as vítimas, utilizando-se muitas vezes da arma para intimidá-las e cobrava as propinas mensalmente, com valores que variavam entre R$ 100 e R$ 400. Proprietários de ferros-velhos; depósitos de gás, lan houses e mototaxistas eram os alvos preferidos dos policiais de acordo com as investigações.
PM exonera comandantes do 5º Batalhão e da UPP da Providência
O escândo envolvendo denúncia de pagamento de propina de R$ 75 por semana a policiais militares para fazerem vista grossa ao jogo do bicho no Centro e em São Cristóvão derrubou, no final da noite desta quarta, os comandantes da UPP da Providência, capitão Glauco Schorcht, e o do 5º BPM (Centro), coronel Amaury Simões. De acordo com as investigações, os agentes pertencem às duas unidades.
Para os seus lugares, foram designados o tenente-coronel Sidney Camargo de Melo para o 5º Batalhão e o capitão Felipe Lopes Magalhães, que chefiava a UPP Babilônia e Chapéu Mangueira desde junho de 2009.
Dezoito pessoas foram presas — entre elas, cinco policiais da ativa e quatro da reserva — na Operação Catedral, contra a contravenção. O delegado titular da 4ª DP (Praça da República), Henrique Pessoa, também foi afastado. A chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, decidiu pelo afastamento de Pessoa após saber da prisão do chefe do grupo de Investigações Criminais da 4ª DP, Weber Santos de Oliveira, acusado de receber R$ 16 mil mensais para não reprimir criminosos e vazar informações sobre ações policiais contra o jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário